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Sindicarne - Goiás

Carneiro assado

Dia desses fui convidado para comemorar o aniversário do meu amigo médico veterinário Alfredo Luiz Correia, diretor executivo do Sindileite. Como sempre, ele recebe bem as pessoas em sua casa. O aniversariante, seus filhos, sobrinhos e irmão gostam muito de jogar truco. Já é tradição reunirem-se toda quinta-feira para animadas rodadas do tradicional jogo de baralho. O dia não era uma quinta, mas estava programado um desafio de truco para mais tarde.

Sempre falei para o Alfredo que qualquer dia levaria um amigo à casa dele que também gosta de truco. É dos que não costumam perder. Meu amigo “truqueiro” é também um religioso famoso que aqui vou chamá-lo de Frei Bento. Já na casa do Alfredo, a festa estava animada. Diversos tipos de carne no espeto, inclusive carneiro. Muita cerveja, chope, refrigerante, vários tira-gostos, enfim, um festão.

Frei Bento gosta muito de carneiro assado regado a chope, religioso bom de garfo e, como havia fartura, o garçom andou muito para abastecer nossa mesa. E lá estava Frei Bento: chope, carne de carneiro, papo de religião, futebol (ele é vascaíno), mais chope, mais carne de carneiro. O garçom oferecia outra carne assada e Frei Bento recusava, era só carneiro.

Mais tarde, Frei Bento levantou-se e saiu para ir ao banheiro. Sentado conosco à mesa estava o irmão do Alfredo, o espirituoso Aredes, que observava sempre Frei Bento, o devorador de carneiro. Aredes não perdeu a chance de pegar no pé do religioso. Assim que Frei Bento virou as costas, Aredes virou-se pra mim e disse:

– Ê Luiz Carlos, esse padre, seu amigo, cuida bem das ovelhas dele, principalmente as assadas.

Luiz Carlos Rodrigues