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Sindicarne - Goiás

Sindicarne-Goiás entende que é hora de se discutir novos sistemas de controle de qualidade

Sobre as últimas notícias no Brasil da Operação “Carne Fraca” deflagrada pela Polícia Federal  envolvendo algumas indústrias frigoríficas que estariam negligenciando em relação ao controle de qualidade de seus produtos, o presidente do Sindicato das Indústrias de Carnes e Derivados do Estado de Goiás – Sindicarne, José Magno Pato, disse que “onde tem muito a presença do governo em ações de fiscalização, pode haver corrupção.”

Magno Pato não é contra a fiscalização do Ministério da Agricultura nas indústrias de alimentos, mas enfatiza que essa ação deveria ser feito por amostragem (sem avisos) com auditorias a cada época, (mês, quinzena etc). Por sua vez, as empresas têm que ter responsabilidade sobre o que colocam no mercado e é o que acontece com a grande maioria hoje no País. Tanto é que o Brasil é o maior exportador mundial de carne bovina e isso não veio por acaso. São muitos anos de trabalho.

“É hora de buscarmos novas formas de controle de qualidade nas indústrias frigoríficas, inclusive no sistema de fiscalização”

Pato entende que o sistema de fiscalização do Ministério da Agricultura é ainda da década de 50 e isso precisa ser modernizado. As leis hoje sobre os direitos do consumidor no Brasil são modernas, eficientes e uma das melhores do mundo. Então todos que produzem alimentos de origens animal e vegetal devem ter consciência disso.

Para Magno Pato, um exemplo prático que poderia ser adotado pelos frigoríficos é a implantação de laboratórios de controle de qualidade em suas unidades como as indústrias de  laticínios que não são isentas de fiscalizações do Ministério da Agricultura. E isso é muito bom para quem busca qualidade. Esses laboratórios dos frigoríficos deveriam ser inclusive auditados até por países que compram nossos produtos e não só pelo Ministério da Agricultura.

O Presidente do Sindicarne-Goiás enfatiza outro exemplo. Os laboratórios que fabricam remédios, não contam com a presença  constante de fiscais do Ministério da Agricultura. No entanto, funcionam com alto grau de credibilidade. Pato indaga: “porque que só nos frigoríficos tem que haver constantemente a presença de fiscais do MAPA?  Na prática isso não acontece já que  na maioria dos casos, o próprio governo federal não tem gente suficiente para tal tarefa, buscando  funcionários emprestados até dos estados ou dos municípios. Enfim, um sistema em desarmonia. Por isso acho que está na hora de todos os seguimentos envolvidos nesse processo buscarem novas discussões visando modernizar as fiscalizações com maior dinâmica e credibilidade” finalizou José Magno Pato.

Imprensa Sindicarne-Goiás