Top

Sindicarne - Goiás

Carne bovina: Brasil vai bater recorde nas exportações em 2025; EUA reduzirão em 11% os embarques, prevê USDA

 

Novo relatório de abril/25 do departamento norte-americano destaca o protagonismo da proteína brasileira (e australiana) no comércio mundial. As exportações de carne bovina do Brasil, líder mundial neste segmento, e da Austrália, segundo maior, devem crescer em 2025, compensando amplamente a oferta mais restrita da proteína em outros tradicionais fornecedores globais, prevê o novo relatório estimativo do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), de abril/25. “A demanda firme em mercados-chave provavelmente impulsionará ambos os países a novos recordes de exportação de carne bovina em 2025”, acrescenta. Pela previsão do USDA, as exportações do Brasil também devem crescer 3% este ano, para 3,75 milhões de toneladas, na comparação com o resultado de 2024, de 3,64 milhões de toneladas. “A forte demanda de parceiros comerciais importantes – incluindo Estados Unidos, Chile e Filipinas – deve impulsionar os embarques brasileiros para um recorde em 2025”, ressalta o relatório. As exportações da Austrália também devem registrar um avanço anual de 3%, estimuladas pelo crescimento da oferta e os preços competitivos em mercados da América do Norte e o Leste Asiático. 

O USDA prevê vendas externas de carne bovina australiana de 1,96 milhão de toneladas em 2025, ante 1,898 milhão em 2024. Os embarques de carne (de búfalo) da Índia devem aumentar 2% este ano, para 1,56 milhão de toneladas, devido à forte demanda dos mercados do Sudeste Asiático e Oriente Médio. Por sua vez, prevê o relatório de abril/25, as exportações de carne bovina dos EUA devem atingir 1,218 milhão de toneladas este ano, uma queda de 11% sobre o resultado obtido em 2024, de 1,366 milhão de toneladas. Segundo destaca o USDA, ao longo de 2025, os embarques norte-americanos de carne bovina para a China serão limitados devido à caducidade dos registros de exportação frigoríficos dos EUA e às tarifas retaliatórias. Além disso, continua o relatório, a ampla oferta exportável na Austrália e no Brasil provavelmente aumentará a concorrência em mercados-chave dos EUA.

 A previsão do USDA é de que as exportações globais de carne bovina aumentem 1% em 2025, para 13,1 milhões de toneladas, com os avanços dos embarques do Brasil, Índia e Austrália compensando a queda nas exportações dos EUA. As importações de carne bovina da China devem crescer 2% em 2025, um ritmo mais lento do que em anos anteriores, devido principalmente à menor demanda do consumidor local, prevê o relatório. As importações dos EUA devem aumentar 5%, já que a demanda por carne magra permanece alta. “A forte demanda de importação dos EUA sustentará o aumento das exportações da Austrália, Brasil e Nova Zelândia”, relata o USDA. Segundo o USDA, a produção global de carne bovina em 2025 deverá permanecer praticamente estável em relação ao volume de 2024, em 61,6 milhões de toneladas, já que a queda nas ofertas nos EUA e na UE será compensada por aumentos no Brasil, Índia e Austrália.

 A produção brasileira de carne bovina deverá ser ligeiramente superior ao resultado do ano passado, atingindo um recorde de 11,9 milhões de toneladas em 2025, diz o relatório. Na Austrália, o abate total deverá aumentar 2%, impulsionando a produção de carne bovina em 3%, atingindo um recorde de 2,7 milhões de toneladas este ano. A oferta da União Europeia, projeta o USDA, deverá cair 1%, já que os altos custos dos insumos e a pressão regulatória limitam o crescimento. Na Argentina, a previsão é de queda de 4% no abate total, resultando em uma baixa de 3% na produção de carne bovina em 2025. “A menor lucratividade e as más condições climáticas levaram os pecuaristas (da Argentina) a reduzir seus rebanhos nos últimos anos”, justifica o USDA. A produção de carne bovina dos EUA deve atingir 12,2 milhões de toneladas em 2025, uma queda de 1% sobre o ano passado. “Embora a previsão seja de aumento no peso médio dos animais abatidos nos EUA, esse crescimento não compensará a queda no número de animais levados aos ganchos”, relata o USDA.

Portal DBO, Publicação Portal Abrafrigo

Foto: Imprensa Sindicarne-Goiás