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Sindicarne - Goiás

Chineses querem renegociar carne, diz consultoria

 

No pacote de preocupações com a China, a paridade do yuan com o dólar é sinal de alerta para os exportadores mundiais dependentes dessa economia. As importações ficam mais caras para o país com a moeda local desvalorizada. A Agrifatto, em informe para seus clientes na sexta (9), já registrou que houve pressão sobre os preços da carne bovina brasileira, em valores que serão consolidados quando a Secex relatar as vendas oficiais de setembro dos participantes, sendo Marfrig, JBS, Minerva e Frigol entre os principais. Os três primeiros, listados na B3, entram no radar dos investidores. 

Pequim luta para evitar a desvalorização da divisa via afrouxamento monetário. O mercado local fechou hoje em leve queda, mas ainda ralando próximo de 1 yuan para US$ 7. Embora se generalize para todos os produtos adquiridos dos fornecedores, as commodities agrícolas ainda têm o suporte das cotações de Chicago e Nova York. Os preços podem até sentir a falta de estímulo de alta que viria com demanda mais elástica dos chineses, que poderiam importar mais se o câmbio estivesse mais favorável – e isso explica, em parte, a redução de 24% das importações de soja em agosto -, mas há outros fatores em jogo. 

O caso das carnes é diferente, porque não existe bolsa de futuros regulando. A formação de preços praticamente é determinada entre comprador e vendedor. E o peso da China, ‘pesa’, ante a dependência absoluta desse destino para a proteína brasileira. “O mercado chinês forçou pressões baixistas sobre as cotações e conseguiu efetivar graças ao aceite dos exportadores brasileiros”, escreveu a consultoria. Apesar disso, há fôlego de alta para as exportações ao país asiático, que começa a se preparar para formar os grandes estoques para início de 2023. Em agosto, sozinha a China comprou 131,8 mil toneladas, de um total de 230,1 mil/t, injetando mais de 60% das receitas totais de US$ 1,36 bilhão.

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