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Sindicarne - Goiás

DEFESA SANITÁRIA ANIMAL PRECISA DE UM FUNDO FIDUCIÁRIO

O Brasil precisa criar um fundo fiduciário para fortalecer a Defesa Sanitária Animal, principalmente as estratégias de combate e erradicação da febre aftosa. Para Tirso de Salles Meirelles, Presidente do CNPC – Conselho Nacional da Pecuária de Corte, o fundo permitiria aumentar a capacidade de prevenção contra a doença, assim como aprimorar a vigilância no País e nas áreas fronteiriças, medidas fundamentais para a ampliação das áreas livres de aftosa sem vacinação. O aporte financeiro, além de garantir a manutenção de bancos de antígenos e reserva de vacinas, atenderia a projetos de instituições internacionais de interesse nacional e regional.

“Poderíamos ajudar países vizinhos com menos recursos como a Bolívia, por exemplo, no combate à aftosa bem como para apoiar serviços essenciais à erradicação”, afirma Sebastião Guedes, presidente do GIEFA – Grupo Interamericano para erradicação da Febre Aftosa, e vice-presidente do CNPC.

Segundo o presidente da entidade, Tirso de Salles Meirelles, o dinheiro para o fundo viria do mercado, ou seja, do pecuarista, por meio de um percentual estipulado sobre o valor da vacina. Caberia às Federações de Agricultura, CNPC e outras entidades do setor gerir os recursos financeiros. “A iniciativa privada é quem deve decidir onde será aplicado o dinheiro, analisando eventuais pedidos de autoridades sanitárias” diz Meirelles. (Imprensa CNPC)

Goiás saiu na frente com essa iniciativa

O Estado de Goiás criou o seu Fundo Emergencial Indenizatório há vários anos. Trata-se do Fundo para o Desenvolvimento da Pecuária em Goiás – Fundepec, entidade esta que serviu de modelo para outros estados como São Paulo, Bahia, Paraná, Mato Grosso e Paraná. A arrecadação do Fundo é através de contribuições espontâneas dos pecuaristas de corte, produtores de leite, aves e suínos. O  Fundepec-Goiás tem como objetivo, indenizar o produtor que por ventura tiver o rebanho afetado pela febre aftosa. O Fundepec-Goiás começou a ter essa estrutura financeira na década de 90.

Sobre os resultados da ação do Fundepec-Goiás eles são papáveis. Há 21 anos não se registra em Goiás qualquer foco de febre aftosa. Do total arrecada pelo Fundepec-Goiás, 10% são repassados para a Agrodefesa, órgão do governo do estado que são utilizados em ações diversas em prol da qualidade sanitária do rebanho. Vale ressaltar que o governo do estado tem se empenhado também ao longo desses anos, com um trabalho eficiente de combate à aftosa com o maior índice de imunização no País.

O Fundepec-Goiás é hoje uma instituição sólida e seu trabalho foi recomendado inclusive por técnicos da Organização Mundial de Saúde Animal (Antiga OIE – Organização Internacional de Epizootias) em 2013 quando estiveram no Brasil visitando 12 estados verificando suas condições de saúde animal. No relatório final dos técnicos em Brasília junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, eles disseram que os demais estados brasileiros poderiam ter como exemplo o trabalho do Fundepec-Goiás, pioneiro na iniciativa privada/governo em ações em prol da qualidade sanitária do rebanho.

Imprensa – Fundepec-Goiás