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Sindicarne - Goiás

Dinâmica comercial da carne foi hoje abordada pelo Sindicarne e IFAG/SENAR

Representando o Sindicarne-GO, Leandro Stival (presidente) e o IFAG/SENAR, Marcelo Penha. A live sobre a dinâmica comercial da carne bovina, abordou uma série de itens e durou hora e meia na tarde dessa segunda-feira dia 30. Segundo Leandro Stival, o surgimento da Covid-19 mexeu com todo o mercado mundial da carne e em alguns momentos, oscilações negativas e positivas. Infelizmente mais negativas. Explicou o presidente do Sindicarne que o Brasil exporta 20% em média do que produz em relação a carne bovina, e desse total, 50% para a China.

Esse país asiático no momento, é o que mais compra do Brasil mas não ao ponto de sanar desequilíbrio em toda a cadeia produtiva brasileira. “Quando a China abriu novamente o mercado depois que dominou grande parte da pandemia do coronavirus, em março, todos achamos que o mercado aceleraria de novo. Mas isso não aconteceu e a tendência é uma piora a cada mês.” Sobre o mercado interno, Leandro disse que a tendência é a mesma: a cada mês, pode piorar pois o consumo caiu muito. Ele acha que para o mercado acelerar novamente, o preço da carne para o consumidor final deve ficar abaixo de R$ 30,00 em média.

Sobre os preços altos que o consumidor vem pagando pela carne, Leandro enfatizou que muitos supermercados por exemplo, aproveitam por tratar-se de uma mercadoria com mais rotatividade e com isso, tentam equilibrar os preços defasados de outras mercadorias e a culpa cai sempre nos frigoríficos e nos pecuaristas.

Ainda sobre as dificuldades que a carne bovina vem enfrentando com a pandemia da Covid-19, Leandro Stival salientou que ela perdeu entre 42% e 45% de espaço no mercado em relação a outras proteínas como frango e suínos.

Indagado sobre uma previsão futura de mercado em geral, Leandro disse que se poderia analisar a tendência. E essa, dentro dos próximos meses, não vislumbra qualquer melhora e sim, uma caída a cada mês. Sobre a cadeia produtiva na pecuária, Leandro aconselha que os produtores devem observar atentamente o que o mercado pede em termos de consumo (volume) e irem se adequando, Quem confinava 2 mil bois, confinar menos, pois o setor de aves já está fazendo isso há um certo tempo.

Como alento, Leandro explicou que mesmo com dificuldades, a pecuária vem ganhando mais em rentabilidade quando comparada a produção de grãos. Leandro comentou que o Brasil é forte na produção de animais com alta tecnologia, manejo e genética e isso ajudará no compasso de espera Um exemplo já citado foi o confinamento onde os lotes de animais podem ficar nos pastos também, alongando a comercialização.

Perguntado sobre o aumento do dólar se isso beneficia as exportações brasileiras, o presidente do Sindicarne disse que num primeiro momento ou seja, no período de fechamento de negócio sim. Mas depois as constantes altas não ajudam em nada. Para ele é mais interessante o dólar estável pois isso dá mais segurança para os negócios. O ideal seria que o dólar permanecesse nos R$ 4,00.

No final da live, Leandro agradeceu o trabalho que a Faeg/Senar vem realizado a favor dos produtores rurais, informando-os sobre seus interesses inclusive com cursos diversos. Salientou que somente com o equilíbrio da cadeia produtiva é que a normalidade voltará. Para isso, devemos nos desdobrar, pincipalmente buscando informações segurança para os negócios e para a produção.

 

Foto e texto-imprensa Sindicarne-GO

 

Mais detalhes no link que se segue.