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Sindicarne - Goiás

EXPORTAÇÕES DE CARNE BOVINA DEVEM RETOMAR FÔLEGO

Segundo Abiec, queda no volume de embarques de julho já era esperado e não deve afetar desempenho no restante do ano

 

Após iniciarem o ano em alta, as exportações de carne bovina do Brasil enfrentaram um difícil cenário no mês de julho em função da queda do dólar frente ao real. Os embarque recuaram 3% em volume e 16% em faturamento em relação a igual período do ano passado.

Embora os números possam gerar apreensão, a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) afirma que o recuo já era esperado “Existe uma pressão muito grande do mercado externo e nós seguramos as vendas para forçar a subida do preço médio. Esperamos recuperar o faturamento nos próximos meses”, afirma Fernando Sampaio, diretor-executivo da Abiec.

Um dos principais destinos da carne brasileira, a China, tem travado uma queda de braço com os exportadores desde meados de maio, quando o preço médio pago pelo produto brasileiro recuou 15% em relação ao primeiro embarque feito em agosto de 2015.

“Eles reduziram suas compras quando estavam com os estoques cheios. Quando eles precisarem de carne, voltarão a comprar do Brasil e nós negociaremos por um preço que seja compensador”, conclui Sampaio, reforçando que as exportações do segundo semestre, tradicionalmente, são maiores do que do primeiro.

De janeiro a julho deste ano, o Brasil exportou 845.000 toneladas de carne bovina in natura, alta de 10% em relação ao volume do mesmo período no ano passado. Em faturamento, as vendas alcançaram US$ 3,3 bilhões, queda de 1% se comparado aos sete primeiros meses de 2015.

Até o fim do ano, a Abiec espera retomar os números de 2014, quando as exportações alcançaram 1,5 milhão de toneladas, gerando a receita de US$ 7,2 bilhões.

Portal DBO | da Redação