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Sindicarne - Goiás

PECUARISTAS DESCOBREM O MAPA DA MINA: É O BOI 777 QUE ENGORDA ATÉ 21 ARROBAS EM APENAS 2 ANOS

Desenvolvida pela Agência de Tecnologia dos Agronegócios da Secretaria de Agricultura de São Paulo (Apta), essa iniciativa vem sendo adotada por pecuaristas  em oito estados brasileiros inclusive Goiás. O sistema se baseia em uma combinação de genética, nutrição e pasto. É o chamado Boi 777. Isso porque o ciclo de desenvolvimento desde bezerro até o abate, é dividido em três etapas. Em cada uma delas, o animal engorda 7 arrobas ou seja 105 quilos de peso de carcaça (carne e ossos).

A média nacional de produção de gado é de quatro arrobas por hectare/ano, ao passo que o novo sistema chega a 20. Fora os custos de manutenção da propriedade, a estimativa dos pecuaristas é no sentido de que o gasto até o animal ser abatido chegue a R$ 2.500,00 utilizando o sistema 777 contra os R$ 600,00 do sistema convencional. A rentabilidade, no entanto, compensa esses gastos.

Um dos pecuaristas goianos que adotaram esse sistema é Alaor Ávila Filho, do município de Indiara. Seu lucro líquido por hectare atingiu R$ 2.272,00 no período de 2014/2015. Segundo o criador, cuja propriedade é certificada para exportação, no sistema tradicional, seu lucro seria de apenas  R$ 200,00 por hectare. Isso só é alcançado devido ao sistema 777 em que o prazo de engorda do boi cai de três para dois anos, além do animal proporcionar uma carne com boa marmorização e maciez ou o chamado produto gourmet,  uma nova exigência dos mercados mais sofisticados.

OS BEZERROS

 

Para adoção do sistema Boi 777 nas fazendas, o bezerro já nasce com perspectiva de bom desenvolvimento, uma vez que ele é gerado por mãe de boa procedência. Ao longo de seu desenvolvimento, o animal recebe doses crescentes de suplementos como fósforo, zinco e potássio. O resultado é uma carne mais clara e de ótima qualidade.

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Os pilares do boi 777 são: genética, suplementos e pasto

Vários frigoríficos estão atrás dessa nova mercadoria. O gerente de compras do Minerva, Fabiano Tito Rosa, disse que a empresa adota, há um ano, um programa de orientação, assistência e adiantamento de recursos para os pecuaristas produzirem animais com esse perfil. Segundo esse profissional, a carne desses animais tem pH baixo. Isso evita o escurecimento e o endurecimento do produto. Finalizou o gerente do Frigorífico Minerva acrescentando que 40 pecuaristas com 15 mil cabeças de gado, já fazem parte do programa. O Minerva exporta 75% de sua produção baseada nesse novo sistema de produção.

Fonte: Folha Press, adaptação Imprensa Sindicarne-Goiás