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Sindicarne - Goiás

PREVISÕES SOBRE O FUTURO DA PRODUÇÃO DE CARNE DE QUALIDADE

Roberto Barcellos. Ele é engenheiro agrônomo e publicou ano passado em julho, sua previsão sobre a produção e o mercado de carne bovina de qualidade.

1) Metade das lojas de carne que estão surgindo irão fechar em no máximo 2 anos.
2) As lojas de carne que aprenderem a agregar valor em cortes de dianteiro e menos nobres de traseiro  terão sucesso.
3) As lojas irão vender mais miolo de acém e miolo de paleta do que picanha para churrasco.
4) Produtores de Wagyu irão repensar o seu negócio.
5) Castração somente ocorrerá para programas de qualidade que remunerem no mínimo 10%.
6) Programas que pagam prêmio por animais inteiros vão deixar de pagar prêmio.
7) Misturar animais inteiros e castrados na mesma marca de carne irá depreciar a marca.
8) Como dizia no passado “continuo não acreditando em marcas que se iniciam no curral do frigorífico”.

Equipe BeefPoint (Adaptação Portal Sindicarne-Go)

 

Interessante detalhe escrito pelo leitor Samuel Oliveira Santos
e enviado para o Beef Point

Parabéns Roberto!!!

Vejo que o maior desafio que devemos travar a favor da evolução desse mercado de carnes nobres, é a conscientização dos consumidores a respeito do alto padrão de qualidade e nobreza que residem nos cortes do dianteiro. Esse tem sido um entrave para a solução das demais equações que circundam essa cadeia, pois os frigoríficos podem até pagar 10% de bonificação pelo gado castrado, mas precisam ter melhor rentabilidade na carcaça como um todo. As boutiques de carnes, adquirem apenas alguns cortes do traseiro, e o restante da carcaça o frigorífico tem o ônus de colocar no mercado a preço de “commodity”, enfrentando o tempo todo a sazonalidade da oferta e procura desse outro nicho. Os frigoríficos podem pagar até mais de 10% de bônus aos produtores, não vejo problema nisso, mas essa conta precisa fechar na outra ponta também. Então viveremos o melhor momento, onde o consumidor gozará de muitas opções de cortes, texturas, sabores, preços, e seus pratos poderão contar com a sofisticação e a inovação dos cortes do dianteiro; os frigoríficos terão uma rentabilidade melhor e menor risco, conseguindo agregar valor em toda a carcaça; os produtores, por sua vez, serão assediados pelos frigoríficos para fecharem contratos de produção com bonificação pré fixada e indexada aos resultados acordados antes da produção.