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Sindicarne - Goiás

COMO SERÁ NO BRASIL A PRODUÇÃO DE CARNES DE FRANGO E SUÍNO NOS PRÓXIMOS ANOS?

Análises de economistas do Rabobank acreditam que nos próximos anos até 2.023, a produção de todas as carnes deverá crescer acima de 27%. As estimativas são as seguintes:

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Carne de Frango

Produção em 2014, 12,3 milhões de toneladas e em 2023 chegará a 16 milhões de toneladas. O consumo interno deverá crescer, bem como as exportações que deverão chegar a 5 milhões de toneladas. O Brasil manterá a liderança mundial nas exportações.

Carne Suína

Crescimento menor, mas constante também atingirá a carne suína. Espera-se um aumento na produção em 1 milhão de toneladas, atingindo 4,4 milhões de toneladas e um crescimento no consumo para 3,5 milhões de toneladas. Seu consumo deverá passar dos 14 kg habitante/ano (dados de 2014) para 20 kg habitante/ano em 2.023.

Existe uma expectativa favorável do crescimento da produção de aves e suínos no Centro Oeste em decorrência do aumento da produção de grãos e os custos serem mais baixos que no Sudeste e Sul do País.

Quanto a carne bovina, nossa expectativa é que em Goiás e Centro Oeste em geral, haverá mudanças nos sistemas de produção. Acredito na redução do rebanho e no crescimento na produtividade.

O avanço na genética, os projetos de cruzamentos industriais e a melhora na sanidade do rebanho contribuirão com grande avanço na produção.

O consumo per capita de carne bovina no Brasil em relação ao mundo já é considerada alta (mais de 40 kg habitante/ano), então devemos nos preparar para competir nos grandes mercados, mas para tanto, teremos de melhorar a qualidade e a sanidade e mostrar para os consumidores, que estamos avançando nos processos de rastreabilidade e isto permitirá agregar valor ao nosso produto. Com poucos anos, a marca Goiás será a grande novidade no mercado. Poderemos esperar também que a próxima exigência dos consumidores no mundo será em relação ao bem-estar animal. Nosso produtor deverá estar atento para não ficar para trás.

A China é a nova expectativa para a carne bovina do Brasil. Após dois anos de embargo de nossa carne, a China acena que neste mês de maio assinará novo acordo com o governo brasileiro para comprar nossa carne.

Inicialmente a única exigência concreta será a proibição de compra de carne de bovinos abatidos com idade acima de 30 meses, porque já está comprovado cientificamente que a doença da vaca louca só se manifesta na idade acima dos 36 meses.

As exigências sanitárias continuarão existindo no novo acordo. O mercado da China é fantástico, apesar do seu povo não ter hábito do consumo de bovinos que está chegando naquele país muito vagarosamente.

Goiás deverá se beneficiar das exportações porque tem pelo menos 8 (oito) plantas (frigoríficos) em condições de exportar e um rebanho de 20 milhões de cabeças.

José Magno Pato, médico veterinário, presidente do Fundepec-Goiás e Sindicarne-Goiás