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Sindicarne - Goiás

BENEFÍCIOS DA SUPLEMENTAÇÃO DE BOVINOS NO PERÍODO DAS ÁGUAS

Benefícios da...

Em 2010, o relatório anual sobre a Situação da Agricultura e dos Alimentos da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) fez uma análise importante sobre a pecuária. Responsável por 40% do valor global da produção agropecuária, o setor será muito impulsionado pelo consumo dos países em desenvolvimento, ao contrário do passado, quando a América do Norte e a Europa eram os grandes importadores (AgroANALYSIS-Nov. 2013).

Com isso, a aplicação crescente de tecnologias nutricionais, manejo adequado de pastagens e genética de ponta serão cada vez mais importantes no processo produtivo, além de modelos de gestão eficazes das propriedades que garantam a segurança alimentar dos consumidores e a sustentabilidade ambiental e econômica do negócio.

Quando há busca por competitividade e necessidade de aumento de produtividade, é fundamental que o sistema de produção adotado proporcione a eliminação das fases negativas e o incremento de desempenho nos momentos de maior disponibilidade de alimentos. Isto possibilita aos animais um crescimento crescente durante o ano todo, permitindo a redução na idade à primeira cria, o aumento dos índices de fertilidade ou ainda uma terminação mais precoce.

A base da alimentação de bovinos em pastejo no período das águas é o próprio pasto, que responde pela maior parte das exigências do animal neste período e apresenta variações em sua composição nutricional com o passar dos meses (Figura 01).

Como podemos observar na figura acima, o nível de proteína bruta dos capins pode variar mais de 50%, de acordo com a idade em que o capim é pastejado. Para que o animal receba sempre o capim com o maior teor de proteína possível faz-se necessário o manejo rotacionado das pastagens.

No Brasil, a maioria dos pastos de gramíneas tropicais é mantida em solos com baixa fertilidade e sem adubação, em sistemas de produção extensivos. Nestas condições, certamente os animais não recebem a forragem em sua melhor qualidade e faz-se necessário a utilização de suplementação alimentar, quando o objetivo for melhores resultados zootécnicos e econômicos.

É evidente que, dependendo do manejo adotado, o teor de proteína bruta da planta forrageira apresenta grande variação. Teoricamente o teor de proteína bruta do suplemento deve ser ajustado em função do teor de proteína bruta do pasto. No entanto, deve-se atentar quanto desta proteína é efetivamente degradável no rúmen e aproveitada pelo animal. Por este motivo, a quantidade de proteína bruta do suplemento deve ser superestimada, para que o animal apresente uma boa resposta à suplementação (Reis et al, 2005, 2007).

Para que a pecuária seja sustentável e lucrativa, devemos oferecer aos animais condições alimentares que possibilitem ganhos crescentes durante todo o ano.

Por tradição, a preocupação do pecuarista é maior durante o período seco, porém, quando falamos da economicidade do sistema de produção, a suplementação de animais no período das águas é imbatível, pois neste período bons resultados são alcançados com baixo nível de investimento.

Existem várias estratégias de suplementação que podem ser adotadas de acordo com a categoria animal, quantidade e qualidade da pastagem disponível. A estratégia deve variar de acordo com os objetivos a serem alcançados, devendo ter sempre em mente a avaliação de qual das opções é a mais lucrativa e possível de ser implementada na propriedade (Figura 02).

Os resultados nutricionais obtidos com a estratégia de suplementação adotada vão depender de três fatores principais: quantidade de capim disponível para os animais, teores de fibra e proteína bruta deste capim. Já o resultado financeiro da estratégia depende de uma correta indicação do produto a ser utilizado, bom acompanhamento técnico e correta mensuração dos resultados obtidos (Figura 03).

A utilização de suplementação proteica, energética ou nitrogenada nas águas possibilitará ganhos adicionais de peso na ordem de uma arroba no período, melhoria nos índices de fertilidade na ordem de 5% ou ainda melhorar a condição corporal dos animais para o início da próxima estação seca, reduzindo os custos com a suplementação neste período. Além de possibilitar ao produtor definir com qual idade pretende abater seus animais.

A figura 04 representa três estratégias de suplementação que podem ser adotadas pelo pecuarista:

1 – abate aos 14 meses: creep-feeding (Bambini) até a desmama e confinamento até o abate (Confinúcleo 200).
2 – abate aos 32 meses: proteinado (Nutripec 35) na primeira seca pós-desmama, suplemento mineral nas águas (Integral FB 600), proteinado na segunda seca (Proteipec 40 ADT), suplemento mineral (Integral FB 600) + proteico energético (Integral Energético VM) nas águas.
3 – abate aos 41 meses: suplemento mineral com ureia na seca (Integral FB 415) e suplemento mineral nas águas (Integral FB 600).

Vários pecuaristas já fazem uso de tecnologias nutricionais no período das águas e têm colhido bons resultados desta utilização, realizando investimento com retorno garantido.

Atualmente, a Integral Nutrição Animal oferece a seus clientes o Programa Integral de Pecuária Sustentável (P.I.P.S.), que consiste em um conjunto de produtos e serviços que tem por objetivo levantar informações sobre a saúde financeira do negócio, avaliando os custos envolvidos e sugerindo uma programação estratégica da atividade, com avaliação econômica dos resultados obtidos.

Este programa é conduzido por uma equipe preparada para auxiliar o produtor a definir qual a melhor estratégia de suplementação a ser adotada, com base em avaliações do mercado futuro, categorias animais a suplementar, condições de pastagem e infraestrutura das fazendas, tendo como objetivo final o aumento da lucratividade da pecuária.

Luiz Henrique D. Carrijo,
Diretor Técnico da Integral Nutrição Animal.

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