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Governador visita o Fundepec-Goiás e anuncia a criação do Museu Nacional do Alimento

Nesta quarta-feira pela manhã, o Governador Marconi Perillo visitou a sede do Fundo para o Desenvolvimento da Pecuária em Goiás no Setor Leste Universitário em Goiânia. O evento foi organizado pelo Fundepec e a Agrodefesa, oportunidade em que Marconi foi recebido por dezenas de lideranças classistas ligadas ao agronegócio, produtores, técnicos e outros convidados especiais.

O governador fez ampla explanação sobre as potencialidades de Goiás na produção de carne, grãos, frutas, leite hortaliças e outros alimentos. Para se ter uma idéia, a produção atual goiana dá para alimentar 90 milhões de pessoas por ano ou quase a metade do Brasil. O estado vende para 170 países e tem um PIB que até o final do ano, deverá atingir 180 bilhões de reais ou seja, um crescimento quatro vezes mais que a média nacional e 10% da produção brasileira.

Depois de citar uma série de dados favoráveis ao estado, o governador anunciou oficialmente que encomendou aos criadores do Museu do Amanhã no Rio de Janeiro, a implantação em Goiânia do Museu Nacional do Alimento. Marconi disse que ficou impressionado com a criatividade na criação dessa unidade na Cidade Maravilhosa e pediu um projeto para Goiás, reconhecendo toda a trajetória histórica do Estado e do resto do Brasil no trabalho de produção de alimentos. Este Museu deverá ser instalado em um dos prédios da Praça Cívica, possivelmente onde funcionava o Tribunal de Contas. Marconi já recebeu dos criadores do Museu do Amanhã as primeiras perspectivas do projeto. Esta unidade recebeu, desde sua criação há nove meses, 9 milhões e 300 mil visitantes.

Goiás no Contexto Mundial

O governador Marconi Perillo em seu discurso, disse que o estado produz hoje 20 milhões de toneladas de grãos,  1 milhão e 750 mil toneladas de carne, 1 milhão 730 mil toneladas de frutas, hortaliças, tubérculos e outros produtos. Segundo recomendação internacional, uma pessoa precisa de pelo menos 250 quilos de grãos/ano. Qualquer países que atingir esse índice, estará dando segurança alimentar à sua população e Goiás com sua produção, atinge 3 mil 507 quilos de grãos por habitante/ano, não somando ainda a produção de leite que, segundo dados atuais, são 10 milhões de litros/dia para uma população de 6 milhões de habitantes. A produção goiana pode alimentar 14 regiões do mesmo tamanho anualmente.

Em termos de Brasil, a produção de alimentos chegou a 210 milhões de toneladas de grãos na última safra para uma população de 206 milhões de pessoas. Isso representa mil e 15 quilos de grãos  por habitante/ano ou seja, o Brasil pode alimentar, segundo os padrões internacionais, uma França e meia e uma Espanha juntas.

Ainda sobre o Brasil, nos últimos 20 anos ele teve um saldo na balança comercial de 1 trilhão de dólares e Goiás contribuiu com pelo menos 90 bilhões de dólares. Isso deve-se as altas tecnologias aplicadas na produção de alimentos, somadas aos benefícios do clima tropical de nosso País hoje um dos celeiros mais importantes do mundo.

A visita ao Fundepec

A visita do governador ao Fundo para o Desenvolvimento da Pecuária em Goiás teve como objetivo, maior aproximação com as lideranças classistas ligadas ao agronegócio e também como evento de encerramento da campanha de vacinação contra a febre aftosa em Goiás no dia 30 de novembro. Como se sabe, a vacinação no estado acontece anualmente em duas ocasiões. A primeira é em maio, com duração de 30 dias cada etapa.

O primeiro a dar as boas vindas ao governador foi o presidente da Agrodefesa, Arthur Toledo. Ele fez um breve histórico do trabalho da Agrodefesa no Estado, salientando que esse órgão, juntamente com a parceria com o Fundepec-Goias, conseguiu colocar o estado como sendo área livre da doença com vacinação. Explicou que o objetivo em breve, é chegar ao status de zona livre sem vacinação. Goiás, – disse Arthur, – tem conseguido ao longo dos anos, os maiores índices de vacinação contra a febre aftosa, com dados que variam de 96% a 98% de todo o rebanho de bovinos e bubalinos.

Outro dado importante é no sentido de que o estado é considerado hoje o mais eficiente do País nas ações de defesa sanitária. Isso é reconhecido até mesmo pelas regiões mais evoluídas nessas iniciativas. Hoje no Brasil, apenas Santa Catarina é considerado área livre de aftosa sem vacinação.

Segundo Arthur, 89% do rebanho nacional está localizado em áreas consideradas livres com vacinação. Em Goiás, há 21 anos não aparece qualquer foco da doença. Isso deve-se ao trabalho da Agrodefesa e suas 236 unidades espalhadas em todo o estado e a parceria com o Fundepec iniciada em 2001.

Ação do Fundepec-Goiás

A segunda autoridade a saudar o governador foi o presidente do Fundepec-Goiás, médico veterinário Alfredo Luiz Correia. Ele fez um breve histórico do Fundo que antes era uma Fundação criada em 1.989. Posteriormente, devido a problemas burocráticos, se transformou num Fundo Emergencial Indenizatório, graças as contribuições espontâneas dos produtores rurais.

Alfredo salientou que a parceria com a Agrodefesa tem rendido bons frutos pois o estado, em termos de qualidade sanitária, é hoje referência nacional e internacional. Um exemplo é o elogio da Organização Internacional de Epizootias – OIE que aqui enviou técnicos em 2014 para inspecionar cerca de 12 estados. Goiás foi refência no trabalho de parceria público/privada nas ações em prol da qualidade sanitária do rebanho.

Desde o início da parceria, em 201, o Fundepec-Goiás já repassou para a Agrodefesa cerca de R$ 12.532.336,34. Esse dinheiro é usado pelo órgão do Estado em ações diversas. Por força dessa parceria, em 2004 o Fundo comprou e entregou ao estado em regime de comodato, cerca de 85 veículos novos para compor sua frota de trabalho.

Segundo Alfredo, há alguns anos, surgiu no Nordeste de Goiás nas áreas de agricultura familiar, um foco de New Castle, doença que ataca granjas de aves. O Fundo agiu rapidamente em parceria com o estado erradicou a doença e ainda ajudou os produtores rurais a retomarem seus projetos. A ação foi eficaz pois não afetou o status do estado na produção também de aves.

Finalizando sua fala, Alfredo Luiz Correia disse que o trabalho não ficará só no combate à aftosa. Brevemente um grupo formado pelo próprio Fundo, a Agrodefesa, empresas da agroindústria, Ministério da Agricultura, produtores e Universidade Federal de Goiás lançará em breve uma intensa campanha de combate a brucelose e a tuberculose bovinas.

Presidente da FAEG

Outro que discursou foi o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do estado de Goiás, José Mário Schreiner. Ele elogiou o trabalho do Fundepec e da Agrodefesa, atestando que em suas viagens pelo Brasil, tem presenciado elogios de outros líderes classistas sobre a atuação efetiva do Estado em favor da qualidade sanitária do rebanho.

Segundo ele,os produtores rurais também têm papel fundamental nesse trabalho pois atendem de pronto, os chamados das políticas públicas e privadas em prol do agronegócio goiano. Isso – segundo ele, tem colocado Goiás num patamar diferenciada ajudando o Brasil a combater a grave crise que atravessa no momento.

Sobre a vacinação contra a aftosa em Goiás, José Mário disse que um índice de 80% de imunização é considerado muito bom. Quando Goiás atinge 97%, supera todas as expectativas locais e nacionais.

Texto e fotos: Assessoria de Imprensa – Fundepec-Goiás