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Sindicarne - Goiás

MINISTÉRIO PÚBLICO ENCABEÇA INTENSA CAMPANHA CONTRA CARNE CLANDESTINA

No último dia 8 o Ministério Público de Goiás, através de seu núcleo de defesa do Consumidor, lançou oficialmente uma intensa campanha de combate à carne clandestina. As primeiras cidades atingidas pela iniciativa foram Jussara e Santa Fé, com a apreensão de mais de duas toneladas de carnes sem procedência.

Promotora Alessandra Lima, coordenadora da campanha contra carne clandestina

Promotora Alessandra Lima, coordenadora da campanha contra carne clandestina

Segundo a promotora de justiça Alessandra de A. Melo Silva, a partir de agora, a campanha não terá interrupção até que todas as 246 cidades do estado sejam atingidas. Esta mega iniciativa do Ministério Público, tem o apoio e a participação de diversos órgãos públicos e entidades de classe. Participam além do MP, Procon, Sebrae, Ministério do Desenvolvimento Agrário, Agrodefesa, Emater, Conselho Regional de Medicina Veterinária, Universidade Federal de Goiás, Embrapa, Vigilância Sanitária (estadual e municipais), Sindicarne, Fundo para o Desenvolvimento da Pecuária em Goiás, Ministério da Agricultura, Superintendência da Agricultura, Pecuária e Irrigação e Associação de Supermercados. Cada um desses órgãos e entidades de classe, ajudam com técnicos especializados em diversos assuntos ou então com colaboração financeira.

Na próxima terça-feira dia 14, acontecerá nova reunião de todos os seguimentos envolvidos, na sede do Ministério Público em Goiânia no Jardim Goiás. Na oportunidade, serão traçadas novas metas de trabalho. Uma delas é que dentro em breve, será deflagrada intensa campanha de combate à carne clandestina na Grande Goiânia.

Segundo os técnicos da Agrodefesa, é necessário que todos os estabelecimentos que comercializam carnes regularizem a situação de suas unidades físicas e jurídicas sob pena de receberem severas multas e no caso de reincidência, serem até fechados. É necessário também que esses estabelecimentos só comercializem carnes devidamente inspecionadas com selos de inspeção federal, estadual ou municipal.

Em relação ao comércio de carne clandestina, muitas cidades não são servidas por frigoríficos. Nesse sentido, o Ministério de Desenvolvimento Agrário, juntamente com os municípios pode implantar pequenos matadouros para atenderem essas populações. Essas unidades vão receber a produção de animais da chamada agricultura familiar, abatê-los e colocar esses produtos nos mercados interioranos. Para que isso ocorra, os municípios devem buscar informações junto ao MDA que já tem inclusive verba disponibilizada neste sentido, segundo técnicos que participam das reuniões no Ministério Público.

A Emater por sua vez, vai orientar as famílias sobre a produção com qualidade e dentro dos padrões exigidas por lei, igualmente a Superintendência da Agricultura, Pecuária e Irrigação.

ATUAÇÃO DO SINDICARNE

Com o apoio do Fundo para o Desenvolvimento da Pecuária em Goiás – Fundepec, o Sindicarne – Sindicato das Indústrias de Carnes e Derivados no Estado de Goiás, tem trabalhado no sentido de que essas operações contra a comercialização de carne clandestina, tenham realmente sucesso. Muito antes de ser deflagrada essa ação, o Sindicarne tem atuado não só na capital mas em algumas cidades do interior, distribuído há anos, uma bem elaborada Cartilha sobre os perigos da carne clandestina. (Veja a cartilha!)

Mais recentemente, para essa primeira operação que aconteceu em Jussara e Santá Fé, o Sindicarne elaborou e mandou imprimir dez mil papéis e cartazes maiores, contendo informações sobre a carne clandestina e seus perigos. Esse material está sendo distribuído pelo Ministério Público em cidades do interior e em breve na Grande Goiânia. Também foram feitas vinhetas que são veiculadas em diversas rádios com o mesmo tipo de material, orientando a população inclusive como deve realizar denúncias através do telefone 127.

MOSTRAR TAMBÉM O LADO BOM

O Estado de Goiás, a exemplo de todos os estados brasileiros, tem problemas com a carne clandestina. Sobre esse assunto, o presidente do Fundo para o Desenvolvimento da Pecuária em Goiás, Alfredo Luiz Correia, disse que Goiás tem caminhado muito no sentido de coibir a comercialização de produtos sem inspeção sanitária. Para ele, além da carne, existe também o problema do leite in natura sem fiscalização que, hoje no Brasil, tem um índice em torno de 13% de toda a produção o que é muito grave pois coloca a população também em grande risco em termos de qualidade e consumo.

O Estado de Goiás tem buscado muita qualidade e isso tem que ser mostrado também

Alfredo Luiz Correia: “O Estado de Goiás tem buscado muita qualidade e isso tem que ser mostrado também”

Alfredo disse que a ajuda da imprensa é muito interessante à medida em que  ela vai citando também as ações em favor de se buscar qualidade dos alimentos. Para ele, muitas vezes parte da imprensa vê só o lado negativo buscando sensacionalismo e isso muito vezes, prejudica mais que ajuda a orientar a população. Alfredo Luiz Correia, é médico veterinário e também diretor executivo do Sindicato das Indústrias de laticínios no Estado de Goiás. Ele foi o coordenador da vitoriosa campanha em favor do maior consumo de leite em Goiás nos anos 2006 e 2007. Esta iniciativa aumentou o consumo de leite de qualidade em mais de 22%, foi pioneira no Brasil e reduziu drasticamente também em Goiás, o consumo de leite in natura ou seja, sem qualidade.