Participantes da Cosalfa são recepcionados na Fazenda Sardinha em Pirenópolis
Nesta quarta-feira (5), todos os participantes da Cosalfa-44 – Comissão Sul Americana de Luta Contra a Febre Aftosa, tiveram um dia livre e foram recebidos para um almoço na Fazenda Sardinha a 4 quilômetros de Pirenópolis de propriedade do pecuarista Thales Jayme, evento esse articulado pelo filho Auro Jayme, um dos diretores da Agrodefesa.
Participam da Cosalfa cerca de 500 pessoas, representando 12 países da América do Sul, mais o Panamá da América Central e outros convidados da França, Estados Unidos, Canadá e Nova Zelândia. O cardápio foi boi e porco no rolete. Antes, os presentes puderam apreciar uma apresentação exclusiva dos cavaleiros que fazem as Cavalhadas de Pirenópolis, com evoluções típicas simulando a luta entre Mouros e Cristãos na Península Ibérica no Sudoeste da Europa, formada pela Espanha, Portugal, Andorra, Gibraltar e uma pequena fração da França. A apresentação mostra um emissário do Rei propondo aos mouros que aceitem o cristianismo. Com a negativa acontece a luta que durou séculos de 722 a 1.492. Os mouros em trajes vermelhos, e os cristãos com vestimentas azuis.
Durante o evento, os organizadores se dirigiram ao público. O Presidente do Fundepec-Goiás, Alfredo Luiz Correia agradeceu a presença de todos, principalmente das pessoas que trabalharam para a realização da Cosalfa. Quem também discursou foi o presidente da Agrodefesa Arthur Toledo que enfatizou também o trabalho da equipe de sua pasta. No final, Auro Jayme anfitrião, juntamente com seu pai Thales Jayme, agradeceu a presença de todos, cavaleiros e prefeitura da cidade que trabalharam também para o sucesso do evento.
Cosalfa começa nesta quinta
Nesta quinta-feira, dia 6, será iniciada efetivamente a Cosalfa-44. Nos dois primeiros dias da semana, aconteceu um Seminário com vários temas ligados aos trabalhos de melhoria da qualidade sanitária de todo o rebanho sul-americano. Durante a Cosalfa, será discutida a retirada por etapas da vacinação contra a febre aftosa em várias regiões do Continente Sul Americano que há 5 anos, não registra qualquer foco da doença.
Especificamente sobre o Brasil, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento está trabalhando no sentido de que várias regiões sejam consideradas áreas livres da doença sem vacinação. No momento, apenas o Estado de Santa Catarina tem esse status. Goiás está pleiteando essa condição. Os especialistas entendem que é preciso que os Estados limítrofes com Goiás, Minas Gerais, Bahia, Tocantins, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, tenham também as mesmas condições.
Os técnicos discutem a modificação da vacina eliminando o vírus tipo “C” pois acreditam que o rebanho já esteja imunizado contra o mesmo. Isso significa que ela não será mais trivalente e sim bivalente. Os participantes da Cosalfa definem também que a redução da vacina caia de 5 para 2 ml. Isso diminuirá os custos. Tal discussão está bem adiantada inclusive com os fabricantes da vacina.
Enfim, a retirada vem sendo discutida mas acontecerá de forma gradual. As campanhas de vacinação continuam preservadas. O que se busca agora, na Cosalfa – 44 é a definição de novos rumos para a chamada fase de transição para um status mais evoluído em termos de imunização dos rebanhos bovino e bubalino.
Texto e fotos: Imprensa Fundepec-Goiás