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Sindicarne - Goiás

Goiás vai realizar um grande trabalho para identificar bovinos e bubalinos

A Agrodefesa, órgão do governo goiano responsável pela segurança sanitária do rebanho, vai iniciar em breve um gigantesco sistema de identificação de todos os bovinos e bubalinos do Estado de Goiás. Serão colocados nas orelhas dos animais um boton com chip eletrônico e um brinco. Esta identificação numérica individualizada será agregada aos dados sobre raça, idade, sexo, origem e destino, já existentes no sistema de informática da Agrodefesa. O Trabalho da Agência de Defesa Sanitária será realizado em conjunto com a Secretaria da Fazenda e visa identificar de forma segura, o que Goiás tem realmente em termos de rebanho bovino e bubalino.

Este programa de identificação evitará a evasão de divisas, circulação clandestina de animais, além de maior controle sanitário. Calcula-se que exista no Estado um rebanho próximo de 23 milhões de cabeças. Essa iniciativa terá também como objetivo, buscar o real volume de animais, além de proporcionar maior segurança patrimonial.

Na primeira tarefa de identificação, a aquisição do kit (brinco e boton) será custeada pelo Estado sem qualquer ônus para o pecuarista. Segundo o chefe de gabinete da Agrodefesa, José Manoel Caixeta, posteriormente os animais que forem nascendo ou adquiridos de outras Unidades da Federação deverão passar pelo mesmo sistema de identificação com os custos correndo por conta do pecuarista.

Sem esse brinco e boton, José Manoel esclareceu que o animal será considerado inexistente. Por conseguinte, seu proprietário ao negociá-lo, estará incorrendo em infrações além, obviamente, de sujeitar a atividade pecuária de Goiás a questionamentos do mercado consumidor, como recentemente aconteceu. No caso inclusive de doença seguida de óbito, o fato deve ser comunicado à Agrodefesa mediante a informação do número de “identidade do animal”.

Conforme relato de José Manoel o rebanho estará identificado até o final de 2018, de acordo com a meta traçada pelos órgãos envolvidos neste projeto. Assim, todas as providências no sentido de que a tarefa seja efetivada estão sendo tomadas entre os dois órgãos Agrodefesa e Secretaria da Fazenda, com o apoio de todas as entidades que representam os pecuaristas no Estado de Goiás.

A aquisição do kit custa por animal, – se considerarmos o momento, – cerca de R$ 5,00 reais. A partir da implantação do programa de identificação bovina e bubalina, o produtor estará resguardado quanto à situação de seus animais para comercialização, venda e até reivindicar providências junto às autoridades competentes no caso de furto ou roubo.

Finalizando, José Manoel Caixeta explicou que essa identificação dos bovinos e bubalinos não exige as informações do sistema criado e mantido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – SISBOV, que visa registrar e controlar as propriedades rurais que, voluntariamente, optaram por comercializar carnes para mercados que exigem a rastreabilidade do animal ou seja onde nasceu, nome da fazenda, idade, sexo, raça, idade no abate, etc. Trata-se de identificação exclusiva para individualizar cada animal.

Recentemente vários representantes da Secretaria da Fazenda, Agrodefesa e entidades que fazem parte do Conselho Administrativo do Fundo para o Desenvolvimento da Pecuária em Goiás – Fundepec-Goiás, discutiram a questão e acordaram, quanto às novas pretensões do governo goiano, iniciativa considerada a primeira do gênero no País e de grande relevância para a atividade pecuária.

Imprensa Fundepec-Goiás